Monday, December 3, 2018

COP24 : Aquecimento Global : SOS Planeta !



COP24 Climate Change
credits : ONU
A cerimónia de abertura oficial aconteceu esta segunda-feira, dia 2 Dezembro, estando presentes delegações de cerca de 200 países.
A Conferência #COP24 está a ter lugar desde hoje, 3 de Dezembro até 14 de Dezembro 2018 em Katowice, Polónia.


Na abertura oficial neste segunda-feira 40 chefes de Estado estão presentes, presididos pelo Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres. 
O objectivo desta cimeira da ONU é enviar uma mensagem inequívoca aos países para reduzirem as emissões de dióxido de carbono e acelerarem a transformação energética de forma a deixarem de usar combustíveis fósseis.
São precisas "acções decisivas" para enfrentar a "ameaça urgente" do aquecimento global.


COP24 Climate Change
credits: picture-alliance/ dpa MAXPPP/ F Dubrai
Esta é a mensagem que abriu os encontros plenários da cimeira do clima COP24, na Polónia.
Neste ano, a principal tarefa da COP 24 será estabelecer a “charter de regras” do Acordo de Paris, ratificado em 2015 e no qual 195 países se comprometeram a limitar o aquecimento da Terra a até 2ºC até o fim do século.
A "charter" deve definir como, especificamente, essa meta deverá ser alcançada. É possível, no entanto, que ela também não seja decidida este ano, assim como não foi no ano passado. A intenção é que o que ficou estabelecido na COP21 Paris 2015 entre em vigor a partir de 2020.


Estudantes juntaram-se ao movimento SchoolStrike4ClimateA iniciativa SchoolStrike4Climate foi inspirada na estudante sueca de 15 anos, Greta Thunberg
O projecto envolve crianças e jovens dos 5 a 18 anos de cidades e vilas na Austrália. Tentam assim alertar os governantes que levem o futuro do planeta a sério e pedirem aos líderes mundiais que não comprometam o futuro de todos.

A greve, que ocorreu em Sydney na quinta e sexta-feira, dias 29 e 30 Novembro, teve como objectivo de encorajar o governo federal a bloquear a construção da mina de carvão de Adani Carmichael, bem como qualquer novo projecto de carvão ou gás.


credits : SchoolStrike4Climate
Os estudantes também se unem para que a Austrália opere 100% de energia renovável até 2030. Actualmente, a meta é operar com 50% de energia renovável até 2030.
A directora da AKCJA Demokracja, Weronika Paszewska, mostra-se optimista em relação à inversão do aquecimento global.
"Acredito que ainda não é tarde demais, mas em breve pode ser. É muito importante saber o que vai ser feito nos próximos meses e anos. Se for não tarde demais, precisamos agir. Ainda há algum tempo, não muito, mas ainda temos algum tempo".
Sob o olhar atento dos ambientalistas do mundo inteiro, a Conferência do clima da ONU, vai decorrer em Katowice, até 14 de Dezembro 2018.


COP24, the two-week 24th conference of the parties of the United Nations Climate Change Convention (UNFCCC), started on Sunday in Katowice, Poland, with a special focus on carbon neutrality and gender equality
On Monday, the grand opening ceremony took place this morning, 2 December with about 40 heads of State and heads of Government in attendance, as well as UN Secretary-General, António Guterres. 
Thousands of world leaders, experts, activists, creative thinkers, and private sector and local community representatives will gather to work on a collective action plan to realize critical commitments made by all the countries of the world in Paris, three years ago (2015).



UN News put together this guide to COP 24 to answer some of the biggest questions you may have and make sure you’re all caught up, with a ringside seat on the action. 
To limit COP24’s footprint and achieve carbon neutrality locally, the conference organisers have taken a series of different measures. First, public transportation in the city is free of charge for the duration of the conference, for all participants. 
In addition, reusable materials have been used to set up the conference rooms, including carpets and backdrops. Recycled cardboard furniture was installed in all the main meeting spaces. 


Sir David Attenborough speach
credits: @ Copyright REUTERS/Kacper Pempel
Sir David Attenborough delivered a stern speech at the UN's climate change summit in Katowice, Poland, on Monday morning, warning of the impending threats global warming poses to the natural world.
"If we don't take action, the collapse of our civilisations and the extinction of much of the natural world is on the horizon," 
Sir David Attenborough
Let's follow all the events and hope leaders will keep their promesses and will continue to fight for climat.
Geração 'explorer' 
02.12.2018
Licença Creative Commons

Sunday, September 30, 2018

Mapa da Antárctida à lupa ? Sim, agora é possível !




credits: National Geospatial-Intelligence Agency

Podemos agora visitar a Antárctida através de um mapa muito detalhado. Sim, agora podemos ver este continente longínquo à lupa. 

Uma equipa de cientistas anunciou que foi feito o mapa mais detalhado da superfície continente Antárctida. Chama-se Modelo Referencial de Altitude da Antárctida (Reference Elevation Model of Antarctica – REMA) e pode ser importante para entendermos melhor as perdas de gelo.






credits: National Geospatial-Intelligence Agency

Para conceber o mapa, os cientistas usaram dados de vários satélites que orbitam a Terra. Esses dados foram fornecidos pela National Geospatial-Intelligence Agency, que faz parte do Departamento de Defesa dos Estados Unidos. 

Ao todo, a equipa usou 187.585 imagens compiladas ao longo de seis anos. E como as imagens eram muito pormenorizadas, os cientistas tiveram de reunir os dados em supercomputadores muito potentes.




credits: National Geospatial-Intelligence Agency

A high resolution terrain map of Earth’s frozen continent will help researchers better track changes on the ice as the planet warms.

You may never make it to the South Pole, but you can now see Antarctica and its glaciers in unprecedented detail.
Researchers in September 7, 2018 announced the release of a new high resolution terrain map of the southernmost continent, called the Reference Elevation Model of Antarctica, or REMA, which they say makes Antarctica the best mapped continent on Earth.


credits: National Geospatial-Intelligence Agency


The team used 187,585 images collected over six years to create the map.
“Until now, we’ve had a better map of Mars than we’ve had of Antarctica,” 
Dr. Howat.

credits: National Geospatial-Intelligence Agency

The pictures are so detailed they had to use one of the most powerful supercomputers on Earth to ingest the data. Having access to this amount of information will allow researchers to better monitor the effects of climate change on the ice.

Antarctica is the most desolate and inhospitable place on Earth and its remoteness makes monitoring changes in the fluctuations of ice and water levels difficult. 

Because of the warming climate, seasonal changes at Antarctica are becoming more severe, making the need to understand the loss of ice even more important. Read more here 

Geração 'explorer'

30.09.2018
Licença Creative Commons
sources: The New York Times/ Science
Público/ Geografia

Wednesday, May 30, 2018

Ben Page : uma viagem de bicicleta ao Árctico ? Documentário filmado por si





The Frozen Road : a journey to the Arctic
Ben Page



Ben Page começou uma viagem pelo mundo em 2015, fazendo-se acompanhar pela sua câmara fotográfica. Estava longe de imaginar que ela seria a sua companhia nesta sua viagem. De modo algum, uma viagem normal. 


Milhares de quilómetros percorridos de bicicleta, com temperaturas extremas. Parte da jornada está no seu documentário “The Frozen Road”, lançado este ano e considerado o melhor documentário de aventura no New York Wild Film Festival 2018.





O sonho de Page começou em 2014. Depois de ter concluído a licenciatura em Geografia na Universidade de Durham, no norte de Inglaterra, o cineasta pegou na sua bicicleta e decidiu viajar sem qualquer objectivo cinematográfico. 
“Eu tinha 22 anos, não tinha hipotecas, não tinha namorada. Não tinha nada que me prendesse a casa. Por isso parti”, 
Ben Page
Quando chegou à cidade de Whitehorse, no Canadá, quis seguir em direcção a Tuktoyaktuk, que se situava a cerca de 1.600 quilómetros, no fim do continente americano. 


The Frozen Road : a journey to the Arctic
courtesy: Ben Page

Para lá chegar teria de pedalar durante 30 dias em estradas e rios congelados, com tempestades de neve, ventos traiçoeiros e temperaturas que chegavam aos 40 graus negativos.
A viagem pelo Árctico faz parte de uma odisseia que durou três anos e chegou a um percurso de 64 mil quilómetros pela América, África, Europa, Ásia e Árctico, o seu ponto mais alto. 
Mais do que um desafio físico, Page revelou que o percurso foi um constante teste psicológico. Não havia banhos quentes nem electricidade ou dias definidos de descanso. Eram raras as alturas em que encontrava abrigo para as temperaturas extremas. Os Invernos que passava no Reino Unido tornaram-se num paraíso.


The Frozen Road : a journey to the Arctic
courtesy: Ben Page

Para Page, o isolamento foi  o mais difícil! Uma “dualidade constante”: a procura da solidão e da liberdade, mas ao mesmo tempo as alturas em que precisava de alguém para o ajudar em situações adversas. 
“Havia momentos em que as coisas começavam a correr mal, quando o medo me invadia”, confessou à CNN, dando como exemplo um episódio em que ficou preso no Rio Peel, no Canadá, a 64 quilómetros da civilização mais próxima.
A sua câmara foi-se tornando cada vez mais importante. Durante o percurso, Page percebeu a importância em captar as suas memórias para lhe oferecer oportunidades no futuro como cineasta. A câmara era, acima de tudo, um antídoto para a solidão.


The Frozen Road : a journey to the Arctic
courtesy: Ben Page

No final da jornada, quando viu o Oceano Árctico, já não era o pôr-do-sol que importava para o cineasta, mas o que aprendera durante a viagem.
“Talvez eu tenha provado algo para mim próprio ao ter ido até ao limite do meu mapa. Mas, também percebi que as linhas da chegada são melhores quando são partilhadas”
Ben Page
Page regressou no final de 2017 para reencontrar os pais, no Reino Unido.


The Frozen Road : a journey to the Arctic
courtesy: Ben Page
http://www.anotherhorizon.org/the-frozen-road-3/
O seu documentário The Frozen Road: a journey to the Arctic foi lançado este ano. Já recebeu o Gold Best Bike film award SHAFF/ Sheffield Adventure Film Festival 2018. 
Não de visitar Ben Page nas redes sociais: Facebook; Instagram e Vimeo.


The Frozen Road : a journey to the Arctic
courtesy: Ben Page

 Ben Page set up the shot. He erected the tripod, attached the camera, pressed record.
Treading carefully to ensure his footprints in the snow were out of sight - he got on his bike and cycled past the lens, eyes fixed on the vast untouched landscape ahead.
Page, 22 at the time, was in Yukon territory, the Canadian Arctic, on the most grueling section of a round-the-word cycle odyssey.


The Frozen Road : a journey to the Arctic
courtesy: Ben Page
He had left the city of Whitehorse and was roughly 1,000 miles (1,600 kilometers) away from Tuktoyaktuk, the end of the North American continent.
To get there, he would have to cycle for 30 days along roads and frozen rivers, contending with snow storms, bitter winds, and temperatures as low as minus 40 Celsius (minus 40 Fahrenheit).


The Frozen Road : a journey to the Arctic
courtesy: Ben Page
Before starting his round-the-world trip at Ushuaia, Argentina, the southernmost point of the Americas, Page had barely picked up a camera.

But 15 months and more than 10,000 miles later, he found himself in northern Canada, filming the footage that would form an award-winning documentary, The Frozen Road.


The adventure lasted three years, covering 40,000 miles (64,000km) and five continents: the Americas, Africa, Europe and Asia. The Arctic was its pinnacle. For Page, it was a mental challenge as much as it was a physical one. 

Ben Page & his parents
Courtesy: Ben Page
https://edition.cnn.com/travel/
All in all, the trip was about 40,000 miles. In 2017, Page finally made it back home, and was reunited with his parents.
Despite his film receiving distinguished recognition - including "Best Adventure Film" at the New York Wild Film Festival 2018 and "best director" at the Bilbao Mendi Film Festival, Page confesses his awkward relationship with the camera. Read more here 
Geração 'explorer'
29.05.2019
Licença Creative Commons

Sources: Observador/ Viagens ; CNN/ Travel

Saturday, April 14, 2018

Antárctida : Queda de neve aumentou 10% nos últimos 200 anos





An analysis of 79 ice cores collected from the continent reveals a 10% increase in snowfall in Antarctica
creditos: SciTech Europe

A queda de neve na Antárctida aumentou em cerca de 10% nos últimos 200 anos, segundo um estudo apresentado dia 9 de Abril na reunião da União Europeia de Geociências (UEG), em Viena, Áustria. 




A equipa internacional de investigação, liderada pela British Antarctic Survey, analisou 79 núcleos de gelo recolhidos no continente antárctico, de modo a analisar as alterações na queda de neve e o impacto no nível das águas do mar.

Este estudo britânico analisou a queda de neve no continente gelado entre 1800 e 2010. Os resultados elevam as esperanças de desaceleração no aumento do nível das águas dos oceanos. Estudo publicado na revista Climate of the Past.

O estudo mostra que houve um significativo aumento da queda de neve entre 1800 e 2010, o que pode ter impacto global no nível das águas do mar. 

Os resultados da investigação mostram assim que a crescente queda da neve pode contribuir para desaceleramento do aumento do nível do mar. 



Dr Liz Thomas, autora do estudo
créditos:  British Antarctic Survey

"Existe uma necessidade urgente de entender a contribuição do gelo antárctico para o aumento do nível do mar e foram usadas várias técnicas para determinar o balanço entre a queda de neve e a perda de gelo. Quando a perda de gelo não é restituída pela queda de neve, o nível do mar aumenta", 

Liz Thomas, principal autora do estudo

A maior parte da neve caiu na Península Antárctica, no Hemisfério Ocidental. "Os nossos resultados mostram uma mudança significativa no balanço da massa superficial [de gelo] durante o século XX. 

A maior contribuição é da Península Antárctica, onde a queda de neve média anual durante a primeira década do século XXI é 10% mais elevada do que no mesmo período no século XIX", acrescenta Liz Thomas

*Nota: Oiça a entrevista com Dr Liz Thomas aqui

No entanto, a equipa de investigação faz questão de relembrar que os aumentos de queda de neve não invalidam as observações respeitantes ao degelo, registadas pelos satélites ao longo dos últimos 25 anos. 

Embora o aumento na queda de neve, desde 1900, tenha ajudado a baixar o nível das águas do mar em cerca de 0,04 milímetros a cada década, o aquecimento global tem provocado o degelo da parte inferior dos glaciares, o que, pelo contrário, provoca o aumento do nível das águas. Leia mais aqui



Much of the extra snow has fallen on the Antarctic Peninsula
credits: SPL
Scientists have compiled a record of snowfall in Antarctica going back 200 years.
Dr Liz Thomas presented the results of the study at the European Geosciences Union (EGU) General Assembly here in Vienna, Austria.
The study shows there has been a significant increase in precipitation over the period, up 10%.
The effect of the extra snow locked up in Antarctica is to slightly slow a general trend in global sea-level rise.
However, this mitigation is still swamped by the contribution to the height of the oceans from ice melt around the continent.
Some 272 billion tonnes more snow were being dumped on the White Continent annually in the decade 2001-2010 compared with 1801-1810.

Cores have been collected across the continent 
- making this the largest study of its kind
credits: BAS

The British Antarctic Survey (BAS) researcher, Dr Liz Thomas said the work was undertaken to try to put current ice losses into a broader context. "The idea was to get as comprehensive a view of the continent as possible,".
"There's been a lot of focus on the recent era with satellites and how much mass we've been losing from big glaciers such as Pine Island and Thwaites. But, actually, we don't have a very good understanding of how the snowfall has been changing.
"The general assumption up until now is that it hasn't really changed at all - that it's just stayed stable. Well, this study shows that's not the case.”
Dr. Liz Thomas 
*Note: Hear the interview with Dr. Liz Thomas here



Artwork: Satellites routinely map Antarctica, 
but their data record is only about 25 years
credits: BAS
The previous, most extensive survey of this kind assessed just 16 cores. The new study is therefore much more representative of snowfall behaviour across the entire continent.
It found the greater precipitation delivered additional mass to the Antarctic ice sheet at a rate of 7 billion tonnes per decade between 1800 and 2010 and by 14 billion tonnes per decade when only the period from 1900 is considered.
Most of this extra snow has fallen on the Antarctic Peninsula, which saw significant increases in temperature during the 20th Century.Read more here 
Geração 'explorer'
14.04.2018

Creative Commons License

Sources: 
Público/ Ambiente
BBC/ Science & Environment
Phys.org